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CONCEPTOS DE VARIAÇÃO:
VARIAÇÃO DIACRÔNICA
Através do tempo. Podemos distinguir a variação interna o externa da língua. O primeiro
caso se refere às mudanças que vão ocorrendo na sua gramática e em seu léxico; o
segundo caso refere-se à maneira como evoluem ao longo do tempo em suas funções
sociais e em suas relações numa comunidade lingüística. Este tipo de variação é
percebida às vezes quando comparamos gerações. Exemplo: antigamente, em São Paulo
utilizava-se a expressão “Estar de bonde”, que significava “estar com a namorada”, mas
agora esta expressão não vai ser comprendida.
Um caso particular de variação diacrônica é a gramaticalização= processo em que uma
palavra de sentido pleno assume funções gramaticais, um claro exemplo é o pronome você.
De feito, essa palavra, remonta a Vossa mercê, via Vosmecê até chegar você. Na origem, era
uma forma de tratament; agora è um pronome pessoal, que no Brasil substituiu o pronome de
segunda pessoa tu. O processo inverso deste fenomeno é a lexicalização que acontece
quando dizemos, por exemplo, que um trabalho apresenta vários senões, o quando pedimos a
alguém que deixe de entretantos e passe aos finalmentes. Essas palavras foram
transformadas em substantivos.
A língua que falamos hoje é o resultado de inovações ocorridas durante épocas diferentes, na
língua que utilizamos, encotramos construções que chegam de diferentes épocas. Veja-se
este texto de 1830 e como a língua variou até hoje:
“Hontem pela manhãa se me enviou um negro do gentio de Guinè, muito boçal, e trajado à maneira dos que
vem de comboi, e se me dice, foi pegado, vagando como perdido. Por intérprete apenas pude colher que
ainda não era baptizado, e que saindo a lenhar se perdeu: queira por tanto V.m. inserir este anúncio em
sua folha, a fim de apparecer dono, sobre o que declaro, que se não apparecer por 15 dias contados da
publicação da folha, heide remetel-o á Provedoria dos Resíduos; a quem pertence o conhecimento das
coisas de que se conhece o dono.
São Paulo 9 de abril de 1830. – O Juiz de Paz supplente da Freguesia da sè – José da Silva Merceanna”
VARIAÇÃO DIATÓPICA
Diferenças que uma mesma língua apresenta na dimensão do espaço.
Português Europeo e português do Brasil:
- Diferença no domínio dos sons: o PE caracteriza-se pelo enfraquecimento das sílabas
pretônicas, pela pronuncia do /R/ como vibrante múltipla e o /l/ no final da sílaba tem
uma pronuncia velarizada, quando no PB o /l/ é substituido pela semivogal /w/.
- A sintaxe do PE usa os pronomes clíticos; no PB é possivel ter o clítico em primeira
posição absoluta de frase “Me dá um cigarro”.
- O PE constrói as perifrases progressivas usando com o verbo “estar”, a preposição a +
infinitivo; o PB usa “estar” + Gerundio -> (PE) “não estou a perceber” ≠ (PB) “ não
estou entendendo”
- São numerosas as diferença no vocabulário. Aquí algumas diferenças
No Brasil é: Em Portugal é:
aeromoça hospedeira de bordo
antiguidades velharias
banheiro casa de banho
blusão camisola
bonde eléctrico
brega piroso
cafezinho bica
caixa, caixinha boceta
calcinha cueca
conversível descapotável
encanador picheleiro
estacionar aparcar
fila bicha
meias peúgas
multa coima
ônibus autocarro
peruca capachinho
ponto de ônibus paragem
salva-vidas banheiro
sanduíche sandes
suco sumo
trem comboio
xícara chávena
A variação regional no português do Brasil:
- É importante lembrar-se que no Brasil tem sido muitissimas migrações internas.
- Os traços tipicamente regionais encontram-se mais na fala informal. Em contextos
mais formais, os falantes tendem a seguir uma norma que pode ultrapassar a norma
regional.
- Algums exemplos:
- macaxeira/ aipim/ mandioca
- negócio/venda
-Geléia de frutas/ chimia
- Às vezes, uma mesma palavra pode ter um significado diferente em cada região, por
exemplo “quitanda”, que geralmente significa “mercearia”, mas em Minas Gerais é “um
conjunto de iguarias doces e salgadas feitas com massa de farinha”.
- Palatização de /s/ e /z/ finais de sílaba e de palavra na fala carioca, no Espírito Santo,
Minas Gerais, em algunas área do Amazonas e de Pernambuco (Recife).
- Realização de /s/ final como /h/ nas regiões do Nordeste e do Rio
ʒ
- Realização de /v/ e / / como /h/ em inicio de palavra no Nordeste e no Ceará
- Diferentes realizações do /R/ que é apical na região Sul , uvular na fala carioca,
fricativa velar surda [h] no resto do país.
Isoglossas: dividas das áreas em que a língua é uniforme com respeito a determinado
fenômeno e comparar a extensão geográfica dos vários fenômenos são tarefas que fazem
parte de um programa mais ambicioso: a elaboração dos atlas lingüísticos. Isto tem um
objetivo de delimitar as verdades regionais de uma língua, localizando suas divisas ao
longo das principais isoglossas.
VARIAÇÃO DIASTRATICA
No Brasil não há verdadeiros dialetos, encontramos una diferença entre o português falado pelos
escolarizados e pela parte menos escolarizada. A variedade de português falada pela população
menos escolarizada é ou “português sub-standard” e tem as suas características:
- Vogalização da vogal átona inicial: “incelença” por “execelência”
- Queda de material fonético posterior à vogal tônica: “figo” por “figado”, “ciço” por
“cícero”, “centimo” por “centímetro”
- Perda da distinção entre vogal e ditongo antes de palatal “pexe” por “peixe”
- Monotongação de ditongos crescentes em posição final “sustança” por “substância”
- Perda do –s da desinência da primeira pessoa plural “nóis cantamo” por “nós
cantamos”